13 de mar. de 2008

Declaration of the rights of the children

The General Assembly

Proclaims this Declaration of the Rights of the Child to the end that he may have a happy childhood and enjoy for his own good and for the good of society the rights and freedoms herein set forth, and calls upon parents, upon men and women as individuals, and upon voluntary organizations, local authorities and national Governments to recognize these rights and strive for their observance by legislative and other measures progressively taken in accordance with the following principles:

Principle 1

The child shall enjoy all the rights set forth in this Declaration. Every child, without any exception whatsoever, shall be entitled to these rights, without distinction or discrimination on account of race, colour, sex, language, religion, political or other opinion, national or social origin, property, birth or other status, whether of himself or of his family.

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Principle 2

The child shall enjoy special protection, and shall be given opportunities and facilities, by law and by other means, to enable him to develop physically, mentally, morally, spiritually and socially in a healthy and normal manner and in conditions of freedom and dignity. In the enactment of laws for this purpose, the best interests of the child shall be the paramount consideration.

Principle 3

The child shall be entitled from his birth to a name and a nationality.

Principle 4

The child shall enjoy the benefits of social security. He shall be entitled to grow and develop in health; to this end, special care and protection shall be provided both to him and to his mother, including adequate pre-natal and post-natal care. The child shall have the right to adequate nutrition, housing, recreation and medical services.

Principle 5

The child who is physically, mentally or socially handicapped shall be given the special treatment, education and care required by his particular condition.

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Principle 6

The child, for the full and harmonious development of his personality, needs love and understanding. He shall, wherever possible, grow up in the care and under the responsibility of his parents, and, in any case, in an atmosphere of affection and of moral and material security; a child of tender years shall not, save in exceptional circumstances, be separated from his mother. Society and the public authorities shall have the duty to extend particular care to children without a family and to those without adequate means of support. Payment of State and other assistance towards the maintenance of children of large families is desirable.

Principle 7

The child is entitled to receive education, which shall be free and compulsory, at least in the elementary stages. He shall be given an education which will promote his general culture and enable him, on a basis of equal opportunity, to develop his abilities, his individual judgement, and his sense of moral and social responsibility, and to become a useful member of society.

The best interests of the child shall be the guiding principle of those responsible for his education and guidance; that responsibility lies in the first place with his parents.

The child shall have full opportunity for play and recreation, which should be directed to the same purposes as education; society and the public authorities shall endeavour to promote the enjoyment of this right.

Principle 8

The child shall in all circumstances be among the first to receive protection and relief.

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Principle 9

The child shall be protected against all forms of neglect, cruelty and exploitation. He shall not be the subject of traffic, in any form.

The child shall not be admitted to employment before an appropriate minimum age; he shall in no case becaused or permitted to engage in any occupation or employment which would prejudice his health or education, or interfere with his physical, mental or moral development.

Principle 10

The child shall be protected from practices which may foster racial, religious and any other form of discrimination. He shall be brought up in a spirit of understanding, tolerance, friendship among peoples, peace and universal brotherhood, and in full consciousness that his energy and talents should be devoted to the service of his fellow men.

11 de mar. de 2008

Doa a quem doer

Já se definiu o blog como "um diário virtual", e em parte eu concordo com essa definição. Digo em parte porque muitos usam blogs por motivos profissionais e eu própria tenho alguns com essa definição. No entanto os blogs que eu tenho aqui no multi são apenas pra expressar idéias, contar fatos.

Escrevo crônicas desde os 13 anos, é algo que gosto de fazer e que não gostaria de parar. O que leva alguém a escrever? Sinceramente não sei. Essa necessidade do ser humano vem desde a época em que ainda habitava cavernas quando pôs-se a rabiscar em suas paredes criando assim a primeira forma de comunicação escrita.

Se o que leva alguém a escrever é divertir seus leitores, expor sua vida publicamente, exibir-se, isso eu não sei. A única coisa que sei é que sinto vontade de comunicar-me. Se essa forma de comunicação escolhida por mim (e por outros tantos milhões de internautas na face da terra) ofende, humilha, ou simplesmente irrita certas pessoas, creio que isso faz parte.

Não estou aqui pra agradar a ninguém, apenas para satisfazer essa minha necessidade de exercitar esse dom que Deus me deu, e se não o uso de forma que pareça a todos adequada, sugiro que simplesmente não leiam.

Se relato aqui minhas experiências pessoais, isso é um problema só meu, uma vez que não citei nomes sem autorização das pessoas em questão. Aliás também não me importo que contem histórias citando meu nome, o que é a verdade não faço questão nenhuma de esconder.

A escola onde trabalho não tem nada a ver com o que escrevo, sou uma livre pensadora, creio que os critérios que usaram para me contratar têm mais a ver com minha capacidade como professora e não com os dotes de escritora. O que escrevo é pessoal e não profissional.

Tenho, sim, minha própria escala de valores. Talvez não coincida com a de outras pessoas e é muito bom que assim seja. Eu não julgo os atos alheios, não me coloco na posição de juiz, um tanto desconfortável para minha pequenez; como escritora, limito-me a contar fatos e fazer algumas considerações sobre eles.

Se por acaso alguém sentir-se mal por se achar aqui retratado em algum de meus contos peço desculpas, e como a idéia não é chatear ninguém até concordo em contar a história de outra maneira para dessa forma preservar suscetibilidades alheias.

Entretanto não me cabe aqui justificar motivos para escrever o que escrevo. Escrevo o que me vem à mente, como sempre fiz. E espero continuar fazendo. Talvez me julguem exibicionista, palhaça, sem escrúpulos por expor minhas histórias. É um direito que cada um tem de julgar o que quiser. Eu prefiro julgar-me simplesmente alguém que recebeu um dom e que quer exercitá-lo. Nem tenho mesmo a pretensão de um dia escrever um livro. Quero simplesmente escrever.

Ler ou não ler fica a cargo de vocês. Comentar fica a critério, diretamente no blog ou em mensagem pessoal, como preferem alguns. Os que me entendem e se sentem de certa forma como eu me sinto sabem exatamente do que estou falando. Para aqueles que por motivos pessoais seus que desconheço e que não cabe a mim descobrir ou discutir se sentem incomodados com minha forma de escrever, a internet tem milhôes de outras páginas que certamente estarão mais a seu gosto. Sugiro que as procurem e me deixem escrever em paz.

(por Zailda Mendes)

Introdução aos mistérios da culinária

Entro na minúscula cozinha disposta a aventurar-me pelos intrincados e obscuros caminhos da culinária. O estômago encosta nas costelas, rangendo de fome. Nada pronto na geladeira. Abro o armário e escolho uma dessas repugnantes sopas instantâneas, tipo Minojo. No pacote dizem que é rápido e fácil de preparar. Leio atentamente as instruções do pacote, releio e vou executando. Dois copos de água fria numa panela, depois despejo o conteúdo do envelope na água da panela. Faço exatamente o que reza a bula da droga instantânea, mas dentro da panela cai junto com o macarrão em placa um pacotinho prateado, que lembro então, contém o tempero pra sopa. A água está quase fervendo, o saquinho encostado na panela começa a derreter. Pego um garfo e tento pescá-lo de dentro da panela. O vapor da água borbulhante me queima o dedo.

- Merda! - praguejo.

Depois de alguns minutos de arriscadas manobras com o garfo, evitando o vapor quente, finalmente resgato o envelope e num golpe atiro-o pra cima... ele cai diretamente no peito do meu pé.

- Bosta! - me irrito.

Com um chute jogo-o longe, cai em cima da pia e, derretendo, começa a espalhar seu conteúdo nojento na pia limpinha. Com um pano de prato, cuidadosamente, evitando novos acidentes, pego-o e, antes que esboce alguma reação contrária, jogo-o dentro do baldinho de lixo da pia, tampando-o em seguida... nunca se sabe!

Enquanto estou nessas manobras arriscadas, a água da panela vai secando, então quando me viro, satisfeita por ter me livrado do perigoso pacotinho, dou com uma fumaça branca que sobe da panela. Rápidamente encho um copo dágua e jogo na panela, que emite um ruído forte e dela sobe duas vezes mais fumaça que antes. Assustada, tiro a panela do fogo, provocando alguns respingos de água no braço. Minha reação instantânea é jogar a panela com minojo queimado e água fervente na pia.

Depois contemplo, consternada, a bagunça na pia e na cozinha, que mais parece o cenário de uma guerra que propriamente uma cozinha. Panos de prato, garfos, macarrão queimado.

Infelizmente, nada comestí­vel.

- Desisto, que merda! - vocifero.

Retiro-me da cozinha derrotada, faminta, disposta a comprar um livro de culinária no dia seguinte.

(Escrito por Zailda Mendes)

Fumo sim, e daí, vai encarar?

Claro que eu e todos os outros fumantes do mundo estamos absolutamente conscientes dos males que causa o tabagismo, que é um vício horroroso que acaba com os pulmões e empesteia o ar e coisa-e-tal... Mas pô, caramba, será que a gente não tem o direito de dar uma pitadinha sossegada que lá vem um CHATO DE GALOCHA pra ficar enchendo o saco?

Chato - Nossa, você fuma...

Eu penso - (Claro que não, você está tendo ilusão de ótica.)

A gente dá uma resposta qualquer, um sorriso amarelo (bem amarelo já que a gente fuma), dá uns passos pra mais adiante pra ver se o "carrapato" se toca.

Chato - Você sabia que o cigarro faz mal à saúde?

Eu penso - (Não, o Ministério da Saúde só avisou pra você, seu babaca.)

Fico sem-graça ante tanto lugar-comum, mas a besta segue insistindo:

Chato - O cigarro mata aos poucos.

Eu penso - (Não tem problema, não estou com pressa de morrer.)

Chato - Cigarro dá câncer.

Eu penso - (Anticoncepcional dá câncer, fígado de boi dá câncer, buraco na camada de ozônio dá câncer - será que burrice também dá câncer?)

Chato - Quem fuma está queimando dinheiro.

Eu penso - (E o dinheiro é de quem? Ahn? De quem?)

Aí eu mordo a língua mas não adianta:

- Sabia que descobriram que quem FICA PERTO DE QUEM FUMA, ENCHENDO O SACO E INALANDO FUMAÇA é considerado FUMANTE PASSIVO e há uma porcentagem de incidência de câncer entre eles quase tão alta quanto daqueles que QUEREM FUMAR, GOSTAM, PAGAM PELO PRÓPRIO VÍCIO e além disso têm o DIREITO DE NÃO FICAR OUVINDO COISAS IDIOTAS DOS NÃO-FUMANTES?

Desculpe a grosseria aí, colega, mas não dá pra agüentar. Quem fuma está careca de saber de tudo isso, graças aos CHATOS DE PLANTÃO, que insistem em catequizar os fumantes. Acho que fumar ou não fumar é decisão de cada um e o patrulhamento deixa o fumante irritado; quando o fumante fica irritado dá uma vontade danada de fumar um cigarrinho!

por Zailda Mendes

Tolerância zero

Bem que a gente tenta manter a calma e ser legal mas tem hora que só apelando pra ignorância mesmo.

Eu sempre acordo bem, tomo um banho revigorante e vou pro trabalho. No caminho vou sentindo o sol e a brisa na pele, pensando nos compromissos que tenho a cumprir e nos desafios que terei que enfrentar - e vencer. Sigo sorridente e aberta para as emoções do novo dia.

Aí entro na padaria, bar, boteco, ou o que o valha e peço um café, um simples e bom café. E nesse momento meu bom humor começa a se desvanecer.

Ora, o que é um café? Todos sabem - ou deveriam saber - que café é uma mistura de pó de café, água e às vezes açúcar. Vivo no Brasil (supostamente a terra do café) e por isso imagino em minha santa ingenuidade que se estou num estabelecimento que serve café, o balconista - mesmo que não tenha uma cara lá muito inteligente - deve saber o que é um café.Parto do pressuposto que se ele atende centenas de pessoas por dia pedindo café deve saber do que se trata, e é aí que eu caio do cavalo e meu humor matinal sofre um abalo considerável, porque não tenho muita paciência pra explicar coisas que pra mim parecem óbvias.

Chego e assim que o balconista se aproxima peço:

- Um café, por favor.

Ainda não descobri que insondável mistério se esconde por trás dessa tão singela e simples frase, porque pra mim seu sentido parece claro como água - ou como café.

O fato é que o balconista, com aquele ar de indiferença que lhes é peculiar, bota à minha frente um copo de café com leite.

Olho enojada e minha primeira reação é fixar aquela mistura repugnante como se eu tivesse super-poderes para desintegrá-la tal qual nos filmes de ficção. O balconista às vezes nota minha tentativa vã de eliminar a medonha mistura, noutras tenho que chamá-lo de volta:

- Pedi um café.

Ele me olha como se eu falasse um dialeto só conhecido por monges tibetanos ou como se eu fosse uma lunática que acabara de descer de um OVNI ou algo assim. Portanto explico, apontando pra horrenda mistura onde já nadam algumas natas:

- Isso não é café.

- É café com leite - me explica ele, como se falasse com um retardado mental.

- Eu pedi leite? Se eu quisesse leite pediria café com leite. Acontece que eu só pedi café.

Outras vezes, antes mesmo de servir, começa o festival de perguntas idiotas:

- Um café, por favor.

- Puro?

- Não, com açúcar.

- Não, com pinga.

- Não, um bem pecador. Pureza não me atrai, prefiro devassidão.

Às vezes mudam a pergunta e fica pior:

- Um café, por favor.

- Preto?

- De que cores vocês têm?

- Não, rosa choque com listras douradas.

- Não, louro de olhos verdes.

Perguntas desse tipo chateiam porque se eu pedi um café é exatamente o que eu quero. É claro que é preto, mesmo porque não conheço café de outra cor; claro que é puro, se eu quisesse misturado com farinha, ovos, ou seja lá o que for, pediria dessa forma. Esse tipo de pergunta faz com que haja cada vez mais e mais seguidores do Saraiva, saudoso personagem do programa Zorra Total.

A cada dia ele ganha novos seguidores, como me conta uma aluna. Ela viajava a uma cidade, cujo nome não conseguiria me lembrar agora nem que disso dependesse minha sanidade mental, e desceu numa dessas paradas à beira da estrada. Entra numa lanchonete e pede à garçonete:

- Um pão de queijo, por favor.

Essa, com uma desfaçatez de que só os pobres de espírito são capazes, pergunta:

- Do normal?

Ora, se há mais de um tipo à venda ela teria (pelo menos teoricamente) obrigação de explicar. Mas alguns atendentes têm essa mania de nos sonegar informação, na certa para nos obrigar a fazer perguntas que seriam absolutamente dispensáveis, e que podem nos expor a uma situação ridícula ou de ignorância absoluta. Como se alguém tivesse a obrigação de saber que variedades de pão de queijo são vendidas na espelunca onde ela trabalha.

Assim também lhe pareceu à minha aluna, que demonstra sua irritação na resposta atravessada:

- Não, quero um daquele que bate palmas.

(por Zailda Mendes)

Orkut

Parece que a moda agora é falar mal do orkut. Não nego que a onda de vírus é coisa de louco e que os responsáveis não tomam providências, ou se tomam elas não chegam a tempo pois a cada dia aparecem novos vírus pra ferrar com nosso pc.

Mas vírus a gente pega em muitos lugares, a verdade é que não existem sites seguros. Seguro todo site é, até que alguém tenha a brilhante idéia de botar um vírus lá. E que um outro alguém tenha a idéia nem tão brilhante de baixar o vírus e sair espalhando-o por aí.

Claro que os recursos do Multiply são infinitamente maiores e melhores, nem se compara e nem é essa a questão, mas os propósitos do multi são completamente diferentes do orkut e acho que ambos podem conviver em completa harmonia em nossa vida virtual.

Encontrar velhos amigos no orkut é algo muito bacana, que já me aconteceu algumas vezes. Há casos em que o único contato que se tem com um parente ou amigo é através do orkut. Tenho uma irmá que mora há anos na Espanha e como as ligações telefônicas são caras pra c..., nosso contato se restringe ao orkut e msn. Coisas da era virtual.

Concordo que o orkut virou uma vitrine das vaidades de pessoas com egos super-inflados, onde impera a lei do biquini, que mostra muito mas esconde o essencial, mas cada um usa o site como lhe apetece.

Existem coisas impagáveis no orkut, como as comunidades, por exemplo. Há umas que acho pra lá de interessantes, além disso sempre se pode participar dos fóruns e encontrar lá gente bastante interessante com idéias parecidas com as nossas, ou nem tanto...

Quem faz orkutcídio tem lá suas razões que não questiono, tem hora que enche o saco mesmo, mas eu acho que não faria. Como diz meu filho, que joga Tíbia e há meses "treina" seu personagem lá: "Não vendo ele não, sabe como é... depois de algum tempo a gente pega amor..." (rsss)

Claro que a frase, dita meio que assim na gozação, faz alusão ao apego exagerado que certas pessoas tem ao site, que também se aplica ao orkut, e eu própria passei por uma fase de encantamento, mas que a gente gosta, a gente gosta. Pelo menos alguns de nós.

(escrito por Zailda Mendes)

Proposta indecorosa

É aquela saia justa, de repente de onde menos se espera vem aquela proposta indecorosa, daquelas bem sacanas mesmo, que não deixa margem pra nenhuma duvidazinha... o sujeito fala tudinho, com todas as letras, é pegar ou largar.

Pra complicar, é aquela pessoa que você não quer magoar, ou alguém com quem é melhor manter uma relação o mais civilizada possível (tipo um chefe, por exemplo, ou o marido da melhor amiga - esse é barra!), aí como é que você faz?

Ensina aí que de vez em quando é bom a gente ter algum coelho na manga pra alguma situação complicada. Os homens também podem participar, porque acredito que também devem receber algumas dessas, a mulherada anda matando cachorro a grito e anda liberaaadaaa que só vendo!

Vale até contar alguma situação dessas em que se saiu - bem, claro, furada não interessa, essa até eu consigo! - só não vale dar nome aos bois porque o objetivo desse post é só dar umas idéias legais, não provocar barraco na casa de ninguém! rsss Então pega leve!

(escrito por Zailda Mendes)

Sexo Virtual - Tarado na cam!!!

Ai, eu odeio tarado com cam! Começa aquela conversinha mole, tirada do c...:

─ Oi, linda!

Eu penso: linda uma p... Eu digo: oi.

─ Tá sozinha?

Eu penso: estou, seu ordinário! Eu digo: não, meus filhos estão aqui.

─ Ah, abre a cam um pouquinho, quero te ver.

Eu penso: não abro nem com a p... Eu digo: agora não dá, to ocupada.

─ Fazendo o que, amor?

Eu penso: não é da sua conta, seu tarado! Eu digo: lendo uns e-mails (mentira!)

─ Ah, aceita a minha então, quero te mostrar uma coisa.

Eu penso: vai mostrar pra tua mãe, seu bosta! Eu digo: agora não dá, to ocupada.

─ Ah, é só olhar, não custa nada.

Eu penso: vou olhar p... nenhuma, seu safado. Eu digo: desculpe, vou ter que sair agora.

E bloqueio o indivíduo, depois deleto. Mas não é um saco? Será que ainda não se tocaram que NINGUÉM em sã consciência vai fazer sexo virtual com um estranho, que nem bem dá oi e já vai logo partindo pro ataque?

Ora, se querem fazer sexo virtual tudo bem, não tenho nada contra, cada um faz o que quiser, mas assim não vão conseguir nada mesmo. Um dia ainda vou fazer um manual de “boas maneiras no sexo virtual” e ainda ganho um dinheirão, ah, se vou!

(escrito por Zailda Mendes)

Tipo assim, mil coisas, tá ligado?

Você não odeia conversar com adolescente e ouvir aquelas frases sem o menor sentido, ou melhor, que vem num dialeto tão ininteligível quanto digamos, idioma de esquimó? E de "tipo assim" em "tipo assim" tentamos entender o que anda pelas cabecinhas dos jovens.

Convivo com muitos adolescentes, sou professora, e acho que aos poucos vou pegando o sentido da coisa. Viajando na maionese a princípio, mas pegando fácil. Pra ajudar os que também sofrem com esse conflito oral de gerações, algumas dicas preciosas sobre algumas expressões frequentes, no mais puro e singelo exemplo de "dialeto adolescente":

Qual é, tá me tirando? - expressão das mais perigosas, significa que alguma coisa impensada que você falou conseguiu atravessar a barreira de chumbo da apatia juvenil e surtiu efeito - contrário, claro. Quer dizer que você tocou um nervo sensível e provavelmente terá que arcar com as consequências de seu ato quase criminoso. Recomendo calma e uma semana sem sermões pra ver se as coisas se acalmam nesse período.

mil coisas - apesar da abundância numérica, quer dizer absolutamente nada. Não se preocupe com essa frase e tente ir mais a fundo na questão. Em outras palavras, equivale ao nosso "sem nada a declarar".

tipo assim - significa apenas que o adolescente tem algo a dizer e essa expressão serve apenas pra que você fique atento pra não perder nem uma palavra dessa ocasião memorável - e rara!

tá ligado - algo como "entendeu agora, seu babaca?", mas não se ofenda, pode ser que um dia você venha realmente a entender, aí então poderá se ofender.

viajou na maionese - significa que você entendeu tudo errado, ou que disse alguma besteira que o adolescente não conseguiu entender (novidade!!!).

Outras expressões usadas pelos jovens serão oportunamente investigadas, entretanto não resta muito material já que o vocabulário juvenil é assustadoramente limitado, cheio de expressões e palavras puramente retóricas que não querem dizer absolutamente nada.

Qualquer dica que alguém tenha aí sobre esse assunto será muito oportuna, nessa nossa eterna luta pra tentar estabelecer algo que pelo menos de longe se assemelhe a um diálogo com essa geração que tomará nosso lugar em alguns anos. E isso me faz pensar em como será nosso futuro. Tipo assim: mil coisas, tá ligado?

(escrito por Zailda Mendes)

O que se esconde pro trás dos contos infantis

Vejo muitos pais reclamando da televisão, dizem que há muita violência nos programas infantis de modo geral e que isso influencia negativamente seus filhos. Não entro no mérito da questão, deixo a discussão pros especialistas da área, mas pertenço a uma geração que também sofreu com a violência (implícita) nas famosas histórias infantis. Senão, vejamos:

Chapéuzinho Vermelho - não é só o caso da violência, mas também um caso clássico de sexo implícito. Eu disse implícito? Porca miséria, a menina é seguida pelo Lobo, que tem todas as mumunhas e o papo de um autêntico tarado (pra ser moderninha, um pedófilo), olha que chique, a gente ouvia apavorada a história de um lobo pedófilo que depois comia a vovózinha. Que coisa! E depois ainda chegava um lenhador não se sabe de onde e ABRIA A BARRIGA DO LOBO e a diaba da avó (uma bruxa, por certo) saía de lá vivinha da silva! E a gente era obrigada a ouvir esse terror todo ANTES DE DORMIR. E quem vai lá conseguir pegar no sono depois de uma carnificina destas?

Rapunzel - beleza de exemplo, dava umas idéias pra lá de tortas, e isso logo antes de dormir! Se a Rapuzel que estava numa torre danada de alta deu seus pulos (deixou crescer um cabelão danado) pra que o namorado pulasse a janela e passasse a noite ali com ela, a gente nem precisava ser tão criativa, já que nossa janela possivelmente era bem mais baixinha!

Joãozinho e Maria - arre, que coisa mais descabida, largar duas pobres crianças num bosque, ainda por cima o irmãozinho era retardado, jogando migalhas de pão pra marcar o caminho! E depois a bruxa os prende pra engordá-los, a Maria, menina boazinha que só ela, me empurra a pobre da velha em um caldeirão de água fervente! Uma cena destas antes de dormir deve causar cada trauma que nem o Freud explica!

Sereiazinha - já começa mal, a coitada tem que cortar a língua (deus me livre!) em troca de um belo par de pernas pra encantar um príncipe (e tome fetichismo!) mas como a jogada dá errado, ela se atira no mar! Suicídio por amor tá liberado pra criança de (digamos) seis anos? E depois iam dormir, achando que a gente estava mais calminho agora, que ia pegar no sono logo. Não admirava se a cama amanhecesse toda molhada! Vai botar medo assim em outro!

Branca de Neve - essa era uma pervertida, dormia com sete anões. E tinham que ser anões, que que era isso, algum tipo de tara? E logo sete? Devia ser uma suruba daquelas, à noite voava pena pra tudo que era lado, pois não era? Olha só que pouca-vergonha ensinavam, e a gente ainda ia dormir com isso na cabeça, imagens de um bacanal na floresta em que uma princesa tarada dormia com 7 anões. Claro, depois dava uma de sonsa com o coitado do (corno) do príncipe, pra ele era só um beijinho casto de nada... garanto que ia fingir que era virgem...

E apareceram uns desenhos pra lá de entortantes também pra nossa nem suspeitada sexualidade. O Batman e o Robin eram um casal? O Superboy era bicha? Perguntas que rodavam em nossa cabeça e nos torturavam numa incerteza capaz de levar uma pessoa à loucura...

E os Smurfs? Imagina: o Gargamel toma um "chá de cogumelo" e depois começa a ver uns homenzinhos azuis que ninguém mais vê. Claro, se fosse LSD ninguém mais ia ver também...

Agora pensa comigo: você acha realmente que a influência da TV hoje pode ser pior que esse massacre que as gerações anteriores sofreram? Será que esses inocentes desenhos têm mesmo o poder de entortar algo que tenha sido direito até agora?

Quanto a esse emburrecimento paulatino que vemos em programas que têm uma mulher bonita e muito burra falando asneiras e jogando o cabelo de um lado pra outro nem falo nada. Que são bonitas todos concordamos, mas quem foi a anta que permitiu que elas falassem? E ainda por cima DURANTE O PROGRAMA? Erro imperdoável, tinham que tirar o microfone, nossos ouvidos agradeceriam e nossas crianças não sofreriam essa "violência".

Agora já imaginou, minha amiga, se tua filha um dia chega pra você e diz: "mãe, quando eu crescer quero ser igualzinha à Carla Perez" que é que você vai fazer? Já pensou que desgosto? A gente faz tudo por uma filha e depois dá nisso, ter que ouvir uma coisa dessas... Quando a coisa chega nesse ponto, sinto muito mas nem psiquiatra dá mais jeito! Caso grave, de internação, aí quem sabe?

(escrito por Zailda Mendes)

Como diria Fócrates: "ex é soda!"

Eu sou uma ex boazinha, não infernizo, não fico ligando toda hora por qualquer probleminha besta, não dou piti nem faço chantagem emocional. Pra mim é assim: acabou, tá acabado! Cada um vai pro seu lado reconstruir sua vida.
Com o passar do tempo a gente vai engolindo os sapos, revendo as mágoas e pode até acontecer de ficar amiga do ex, mas isso leva tempo, não é logo que acaba a relação não, não precisa forçar a barra. Acontece ou não.
E eu me dou até bem com as atuais de meus ex, rola até simpatia, respeito, coisas assim.
Ah, mas tem ex que não se toca, tem ex que só ferra o barraco!! Tem ex que é um pé no saco!
Quando me interessei pelo meu namorado, ele tava lá sozinho, tadinho, separado da esposa há meses, largado mesmo... O máximo que ela se dignava era mandar a filha adolescente levar o filho caçula lá na casa da minha comadre (e sogra agora) pra brincar com o pai.
Mas bastou eu me interessar que ela já apareceu por lá, me cumprimentou, e eu até dei beijinho no rosto dela porque eu também não sou fácil...
Agora ela faz chantagem emocional, liga no celular dele nas horas que sabe que estamos juntos, reclama, joga os filhos contra ele, faz de tudo pra me queimar o filme.
Ah, será que são todas assim? Me poupe, né??? Será que toda ex é megera? Ela não quer, mas também não abre mão e não quer perder. Assim, quem é que entende?
Será que tem um manual pra lidar com ex? Nem que seja umbanda, saravá, missa negra, vudu, sei lá... to apelando pra tudo! Vale tudo só pra ter um pouco de paz, curtir um love... sem encheção de saco...
Alguém aí tem alguma receitinha básica? Olha, to apelando pra qualquer coisa, tá?

(Zailda Mendes)

Melhor ouvir besteira que ser surda (Será???)

Algumas coisas a gente tem que ouvir, mesmo porque o ouvido da gente não faz uma pré-seleção, aceita tudo que é som e lá vai besteira pra dentro dos tímpanos da gente! Há umas "pérolas" que descem até meio atravessadas, mas fazer o quê? Quanto a essas não há o que replicar, não há como reagir e é o fim da conversa mesmo, a gente fica com aquela cara de paisagem e não encontra nada pra emendar naquilo.

Pior é que a maioria é dita em tom doutoral, tom de voz de quem entende do riscado, sabe como é, né? A gente deixa passar e reza pra que seja a última do dia - ou do ano, dependendo do tamanho da besteira que a gente é obrigada a digerir. A maioria cai sobre nós com a força de um soco no estômago (e ainda bem que eu não tenho saco...) e normalmente nos pega desprevenidos.

Com certeza todo mundo já ouviu uma assim e seria até legal se postassem aqui, assim a gente já fica "vacinada" e quando ouvir não corre o risco de engasgar (se estiver comendo) ou de morrer sufocada (se estiver bebendo) ou simplesmente de estourar na mais autêntica e saudável crise de riso, que infelizmente pode ser mal recebida pela outra parte e resultar em algo - digamos - desagradável pra gente.

A que eu ouvi hoje poderia ser classificada no gênero "pra ouvir mascando alfafa":

"Como diz o ditado: água suja se lava em casa."

(Zailda Mendes)

5 de mar. de 2008

Burrice mata???

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O povo implora por um melhor atendimento nos bancos, mais funcionários, mais caixas eletrônicos para que nós tenhamos mais tempo para o lazer, para o trabalho e para termos uma vida mais confortável. Ficar amargando horas na fila não é das experiências prediletas de ninguém. O banco, para atender e auxiliar seus clientes a terem mais comodidade e segurança colocam caixas que atendem dia e noite e me vai lá um animal (ou um bando deles, uma matilha, uma alcatéia, uma manada deles ou o que seja) e faz uma coisa dessas com o tadinho do bichinho.

Esse aí ERA um dos caixas eletrônicos da agência centro do HSBC. Cambada de burros, que graça tem destruir o que é nosso? Vandalismo é crime e burrice ainda não - mas devia ser!

(zailda mendes)

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