28 de dez. de 2011

Terceira pessoa

velho_3Quando a gente é criança, as pessoas falam da gente na terceira pessoa na nossa frente.

- Ele não comeu nada hoje – explica a mãe ao marido, referindo-se ao filho de 10 anos que espera pelo sermão do pai de cabeça baixa.

A gente é criança e não pode fazer nada, aí fica adulto e as pessoas param de “falar de você na sua frente” e passam a falar de você pelas costas.

Aí ficamos velhos e começam de novo a falar da gente na terceira pessoa, sejam coisas agradáveis ou não, sem se importar se concordamos ou não.

Se não concordamos e protestamos, lá vem uma boa justificativa para nos desdizer:

- Ah, você diz isso porque não se lembra. Deixa pra lá.

“Deixa pra lá” significa: “não vou nem discutir o assunto com você porque você não está preparado para isso, melhor te ignorar”.

Não dá um ódio dessa gente?

Zailda Coirano

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17 de dez. de 2011

Natal é bom, mas…

rostopapaidefaultfinalAdoro final de ano, vêm as festas, encontramos membros da família que não víamos há anos, confraternizamos com colegas de trabalho, mas…

Você já tentou andar no centro da cidade? Tentou fazer qualquer coisa que não fosse diretamente ligada às compras de final de ano?

Parece que todo mundo enlouquece, não há mais nada a fazer. E andam todos em bandos, cheios de embrulhos, entulhando os ônibus de sacolas e pacotes. Não dá pra passar.

E já reparou que estão sempre morrendo de pressa? Não têm nem tempo de esperar a gente passar, já vão logo empurrando. Não têm tempo sequer de pedir licença.

Eu – que já não entendo o povo de cidade grande que está sempre correndo como se aquele fosse o último trem de metrô do dia, da Terra, do Universo – percebo que a neura piora nos tempos de festas. Correm o tempo todo, sacolejando seus pacotes e arrastando suas crianças.

Aliás não sei porque levam tanta criança: para gastar mais do que o que pretendiam? Para parar a cada 5 minutos pra comer salgadinho, ir ao banheiro, etc…? Ou para deixá-las livres, correndo como bodes na pradaria, fuçando em tudo e pisando no pé da gente?

Se os adultos – que seriam as pessoas responsáveis por educar as crianças – já não mostram lá tanta educação, que dirá então as crianças.

Mas não é culpa delas, é tempo de Natal, mesmo que nunca tenham ouvido falar em Cristo, com certeza estão todas excitadas com a chegada de Papai Noel.

Zailda Coirano

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28 de jul. de 2011

Propaganda nas novelas

novela mershanEu nem sou fã de novelas, assisto uma ou outra porque o tema sugere algo interessante (que via de regra descamba para o lugar-comum) mas tem coisa mais chata do que propaganda em novela?

Eles até têm um nome bacana pra isso: merchandizing. Mas o que se pratica nas novelas brasileiras está longe de ser aquela propaganda velada, também usada nos filmes de Hollywood, onde aparece o rótulo da garrafa de cerveja, dão um close na marca do carro, etc. O que acontece nas novelas é algo que vai além, desde a inserção de um comercial deslavadamente explícito de máquina para cartão de crédito até o patrulhamento ideológico aberto e sem cerimônia.

O que se pratica hoje nas novelas brasileiras, longe de ser o discreto merchandising adotado pelos filmes americanos, é um intervalo comercial inserido sem o menor cuidado para que pelo menos pareça ser parte da trama. Surge do nada e fica mais que evidente que alguém está faturando os tubos pra nos vender uma ideia, aproveitando-se da audiência desavisada do horário nobre.

Já pensou o James Bond pular do alto de um edificio para o outro atrás do bandido, os dois juntarem as cabeças e com um pote de gel na mão, recitarem:

JAMES BOND: Só o gel Fixabem mantém o meu penteado assim, mesmo depois de saltar do 45º andar.

BANDIDO PERSEGUIDO: Use o gel Fixabem. Você pode perder a vida, mas nunca a elegância e o penteado impecável.

OS DOIS JUNTOS, EM CORO: Gel Fixabem, você encontra em todas as drogarias.

E aí os dois continuam correndo de novo, até que o James Bond pegue o bandido, que é o que a gente sabe que vai acontecer.

Nas novelas brasileiras as coisas acontecem assim, entra um comercial cortando a cena assim sem mais nem menos, sem  a menor preocupação de pelo menos “fazer de conta” que é uma continuação do que estávamos assistindo.

Exagero

Parece exagero, mas não é. Já estou cheia de ver, no meio de cenas que poderiam ser importantes, um dos personagens no computador, dizendo:

- Agora que recebemos todos os cartões posso ficar sossegado, só a “maquininha que não sei o nome” faz isso, e ainda por cima posso acessar todo o movimento do mês num clicar do mouse.

Fala sério! Botar a maquininha lá e os personagens a usarem enquanto vemos o nome da geringonça vá lá, mas ficar toda hora inserindo esse tipo de reclame ridículo que não tem nada a ver com a trama no meio da novela é simplesmente “disturbing”!

E as campanhas do governo?

- Você já levou o Fulaninho pra vacinar?

- Claro, todas as crianças de 0 a 5 anos precisam receber a vacina contra a … até o dia… no Posto de Saúde mais próximo de casa.

E depois, não adianta tentar enxertar comercial no meio da novela porque não vai melhorar! Os comerciais são a melhor parte da TV brasileira há décadas e até pra fazer comercial as novelas são – pra dizer o mínimo – sofríveis.

As novelas, que já são repetitivas e previsíveis, usam os mesmos clichês e chavões há décadas, agora inventaram um outro ingrediente para faturar mais (ainda!!!) e afugentar os que teimam em seguir suas tramas mirabolantes e inverossímeis. Estariam assinando sua sentença de morte?

branco

20 de jun. de 2011

Um professor não deveria fumar

Cigarro_proibidoLá estava eu no meu intervalo de 15 minutos, fumando meu cigarrinho do lado de fora da escola (como um pária, após a lei que proíbe fumar em edifícios públicos) quando a mãe de uma aluna (que não é minha aluna e só conheço de vista) me sai com essa:

- Uma professora não deveria fumar.

Contei até dez, cem, mil… Falar palavrão também achei que não ficaria bem, então respondo bem séria:

- Quando estou dando aula não fumo.

Isso pra ver se ela se tocava de que – mesmo sendo professora – também tenho direito a uma vida pessoal como “os outros” seres humanos, e se fumo ou não fumo é problema meu.

Não se deu por achada e aí veio o pior:

- Mas é um péssimo exemplo para os alunos.

Aí eu perdi a paciência de vez, mas mesmo assim não desci do salto (que por sinal é baixinho, baixinho, pra nivelar bem por baixo mesmo não custa nadinha):

- Minha senhora (suspiro profundo – paciência, minha filha, não te disseram como é a vida de professor?) se o seu filho, que passa a semana toda com a senhora resolve imitar um professor que passa apenas 2 horas semanais com ele há algo errado, mas não é na escola.

Com a indignação dos que se julgam ofendidos porque não encontram argumentos lógicos para dar suporte à discussão que eles mesmos iniciaram, ela virou-se e foi embora.

O Eminem é quem tem razão. Quando foi criticado porque falava palavrão em suas músicas porque era um mau exemplo para os jovens, foi bem taxativo:

- Quem tem que educar seu filho é você, e não eu. Não tenho essa missão. Na minha casa palavrão é proibido, nem eu nem meus filhos os falamos.

Pois olha, “tirou daqui, ó”! É engraçado que certas pessoas que se julgam “pais” só porque botaram filho no mundo e só não são mais omissos por falta de grana pra matricular os filhos em mais um curso ou atividade que os mantenha o máximo tempo possível fora de casa – já que eles também não ficam por lá – acham que é papel do professor dar formação moral, religiosa, etc. aos filhos deles.

Eu já tive, criei e eduquei 5 filhos meus, que agora estão adultos, e bem ou mal eu os eduquei. Não me omiti com a desculpa de que “não tinha tempo” para ser mãe deles. Não assumi e nem quero a responsabilidade de criar filhos alheios. Quem pariu Mateus que o balance. E de quebra que o eduque também. Se os pais não forem omissos e se derem ao trabalho de conversar e orientar seus filhos, garanto que eles não irão seguir a primeira pessoa que dê a eles um mínimo de atenção ou afeto.

O dia em que eu fizer apologia do cigarro dentro da sala de aula podem me crucificar, que será justo. Mas enquanto eu me reservar o direito de viver minha vida pessoal fora do meu horário de trabalho, que não me venham transferir os compromissos que eles mesmos assumiram quando se dispuseram a ter uma família.

Fundo marron

18 de mai. de 2011

Feira livre

feira-livreBem em frente à minha casa temos o prazer de desfrutar todas as terças de uma agradável feira livre, daquelas onde vendem abobrinha e pastel de vento. Desde as primeiras horas da manhã podemos ouvir o agradabilíssimo som do arrastar de caixas, montar de barracas e também os palavrões dos empregados quando algo não dá certo. Julgando pelo nível de educação e quantidade de palavrões que podem ser ouvidos toda terça em frente à minha casa, muita coisa dá errado por lá.

Praticando “portunhol”

Parei de “frequentar” porque há um barraqueiro (literalmente) que fica berrando que nem um louco em um idioma que (ele lá) pensa que é espanhol, e para uma professora de espanhol como eu seus bordões para chamar a atenção dos fregueses (freguesas, principalmente) ao invés de despertar interesse pelos legumes pra lá de “chochos” que vende, me deixam morrendo de vontade de enfiar uma daquelas cenouras pela goela dele abaixo, com terra e tudo.

Os engraçadinhos

Os filósofos de araque também trabalham lá, imaginem os senhores! Eles, que sabem tudo sobre a vida, relacionamentos e coisa e tal, berram a plenos pulmões enquanto passo placidamente com meu carrinho quase pela boca de abobrinhas, então não preciso que mais algumas sejam enfiadas à força pelos meus ouvidos:

- Vamos gastar o dinheiro do marido, madame, senão ele gasta com a outra.

Se aquele idiota pensa que eu preciso do dinheiro “do meu marido” para comprar alguns legumes e que esse parco dinheirinho das hortaliças seria suficiente para manter uma amante (caso meu marido se atrevesse a manter uma), das duas uma: ou ele acha que as mulheres que estão na feira são todas umas desocupadas que não têm nenhuma fonte de renda além das proporcionadas por um casamento, ou ele está totalmente por fora do preço que cobram os salões de beleza e butiques que seriam exigidas – novamente caso meu marido resolvesse cometer a temeridade de arranjar e manter uma amante.

O que se diz em português

Como professora de espanhol, inglês e ocasionalmente também de português para estrangeiros, não posso deixar de notar como usamos nosso idioma de forma peculiar. Quando se fala português, nosso ouvinte mais que simplesmente “ouvir” precisa interpretar o que dizemos.

Estou quase chegando em casa, louca para ligar a TV na Ana Maria Braga para completar a cota de bobagens a que todo ser humano tem que ser exposto diariamente para expiar seus pecados, quando ouço uma “pérola” que desperta em mim a maldade inerente a todo ser humano, que nos leva a fazer fila na frente da porta do inferno quando partimos dessa para melhor (ou pior, caso assim o prefira meu caro leitor):

- Alface, um real – o coentro é de graça.

Paro na frente da barraca com o cândido olhar de velhota simpática que só os anos tornaram possível, ou seja: “ar de enganar trouxa”. O rapaz solícito me pede:

- Pode escolher a alface aí, senhora. O coentro é de graça.

- Eu não quero alface, eu quero coentro.

- Cinquenta centavos – diz o rapaz sorridente para a velhota simpática.

- Mas você disse que o coentro é de graça.

- Mas só se comprar a alface – explica ele à velhota retardada.

- Mas você não disse “se comprar a alface”. Você disse claramente: “o coentro é de graça”. E obrigar “venda casada” é contra a lei.

- Madame – me explica ele reunindo toda a paciência que usamos quando falamos com alguém que julgamos menos provido de intelecto – o coentro só é de graça se a senhora levar a alface.

- Mas eu não quero alface, só quero o coentro. E segundo o que você estava berrando que nem um louco, o coentro é de graça. Quero dois maços de coentro, por favor.

Por dentro eu me divertia com minha maldadezinha em vingança ao berreiro, palavrões, imbecilidades e outras “benesses” das quais desfrutamos quando temos uma feira livre bem em frente à nossa janela.

Na verdade eu não quero coentro, não faço a mínima questão se tiver que pagar 50 centavos por ele, o que eu quero mesmo é criar confusão. Também quero mostrar a esse cara que nem toda velhota simpática é idiota e que até um idiota como ele deveria prestar mais atenção ao que berra insistentemente em frente à nossa janela desde as 6 da manhã.

assinatura clara

26 de mar. de 2011

Como lidar com o (mala) amigo indeciso

como-se-livrar-daquele-amigo-chatoClaro que a gente está aí para o que der e vier, que amigo é pra essas coisas, que ele sempre pode contar com a gente e tudo isso que é frase feita sobre amizade, mas que amigo indeciso é uma mala sem alça, cheia de pedras, ensaboada e na descida… vai dizer que não é?

Como ele aparece

Domingo de manhã, você já havia programado hibernar até a hora do almoço, ele bate à sua porta duas horas antes do que você programou acordar. Não te dá nem a chance de tomar um café pra desanuviar o cérebro assim que meio adormecido, e já vai contando a “tragédia insolúvel” e te pedindo conselhos. O que ele deve fazer?

Controle-se. Você deve estar pensando mais ou menos o que eu penso numa hora dessas:

opção a) Jogue-se da janela desse apartamento e me deixa dormir mais 2 horas.

opção b) Dá um tiro no ouvido – mas na sua casa, pra não sujar a minha.

opção c) Fica “de mal” de mim pelo menos um mês.

opção d) Vá para a casa do…

Um ombro amigo

Mas a gente é amigo até debaixo dágua, não é? É para o melhor e o pior, até que a morte (ou qualquer coisa menos drástica) nos separe. Então você dá conselho, analisa opções, sugere mudanças. E ele vai todo contente, disposto a liquidar a fatura hoje mesmo.

Mas qual! Pode ter certeza de que ele vai “dar notícias” ainda hoje! Não vai fazer absolutamente nada do que você falou e vai estar com um problema maior ainda – e sem solução.

Cecília Meireles

Se você tem desses amigos “Cecília Meireles” que ficam na base do “ou isto ou aquilo” o tempo todo e nada de se decidirem, estamos no mesmo barco. Conselhos matrimoniais, como lidar com o chefe, com a sogra, que remédio de vermes dar para o cachorro. Em tudo precisam de “uma opinião”. O troço chato da história é que não vão seguir!

O que fazer?

Muna-se de paciência e esteja certo de que você tem uma pontinha de culpa nessa relação de amor e ódio. Quando uma relação está “doente”, um dependendo do outro, pode ter certeza de que os dois contribuiram pra ferrar a coisa toda. Nenhuma relação mela e vira essa coisa chata se os dois não cumprirem seu papel. Ele chora, você dá o ombro amigo. Ele pede opinião, você perde seus parcos neurônios bolando um jeito dele sair dessa situação em que ele se meteu, e quando foi pra arrumar o rolo ele não pediu tua ajuda, pediu? Então….

Seguem 10 formas de lidar com o problema fazendo com que o “sitocômetro” do seu amigo volte a funcionar e você possa desfrutar das maravilhas da hibernação domingueira novamente sem um chato te aporrinhando a ideia logo às 10 e meia da madrugada:

1) Diga que esá com enxaqueca – Essa não falha. Contorça-se, quando ele começar a falar diga para cochicar porque não suporta barulho em crise de enxaqueca; fique na penumbra e não deixe acender a luz, diga que “fere seus olhos”. Quando ele começar a falar, gema bem alto. Se não der certo, diga que tem que ir urgente ao pronto socorro mais próximo tomar uma injeção para dor.

2) Finja que está de ressaca ou ainda bêbado – Diga frases desconexas. Comece a tirar o sarro do corte de cabelo dele. Diga que há um negrinho com uma faca subindo pela janela (particularmente poderosa se você mora em apartamento). Quando ele começar a contar a história comprida dele, corra para o banheiro para vomitar.

3) Critique tudo o que ele disser, mas nada de crítica construtiva – Vá onde dói mais. Diga frases como: “Mas você disse isso? Isso pra mim é coisa de boiola”. “Mas que cafa você é, onde já se viu dizer uma coisa dessas…” Tome partido, mas da outra parte. Seja contra tudo o que ele disser.

4) Não se comova com nada – O que faz o amigo voltar sempre atrás de conselho não é exatamente o conselho (que já está provado que não pretende seguir) mas a sua solidariedade. Se tiver que ser solidário, solidarize-se com a “outra parte”. Mostre-se insensível aos problemas dele. Olhe para o relógio. Cutuque a cutícula. Boceje e finja que está cochilando.

5) Sugira coisas completamente malucas e complicadíssimas – Sugira planos mirabolantes que envolvam outras pessoas, roubos de carros, sequestros, trotes telefônicos, aluguel de trajes a rigor, ou o que a sua mente diabólica sugerir. Se seu amigo for “seguro” com dinheiro, sugira coisas que irão custar muito dinheiro. Reservas em hotel 5 estrelas para uma conversa a dois; aluguel de limusine para seguir alguém “sem despertar suspeitas”. Faça com que seu amigo duvide de sua sanidade e ele irá embora.

6) Divirta-se com a desgraça alheia – Quando ele começar a contar, role de rir. Diga: “Não acredito que você fez isso.” e chore de dar risada. Encare a situação como se fosse uma piada, tire o máximo de sarro que puder. Se ele ficar bravo, tire o sarro na cara dele: “Você fica muito gozado quando está bravo.”

7) Tome para si a responsabilidade – Diga: “Eu resolvo tudo. Eu vou falar com ela. Pode deixar que vou lá quebrar a cara desse seu chefe abusado.” E outras bobagens assim. Mas seja convincente. Já se levante, pegue a chave do carro, encaminhe-se para o banheiro para tomar uma ducha antes de “ir lá dar um esculacho nessa folgada”. Ele vai ficar tão aterrorizado que preferirá resolver essa sem sua ajuda.

8) Finja que virou seguidor de alguma seita – Comece a citar passagens da Bíblia que ensinem a “amar e perdoar” ou a “mentalizar um resultado”, ou a “orar e esperar”. Tenha já uns incensos para acender quando ele começar com a ladainha. Recite uma oração. Peça para ele se ajoelhar para uns passes. Faça uma mesa branca. Qualquer coisa que ele não goste, porque se gostar voltará sempre para outra seção.

9) Diga que tem um compromisso – Assim que ele entrar, diga em tom de desespero total: “Ainda bem que você me acordou, acho que perdi a hora” e enquanto ele vai falando corra que nem um doido vestindo-se e calçando sapatos. Passe um pente no cabelo, pegue a chave do carro e murmure qualquer coisa sobre “ligar na semana que vem”. Volte para casa depois de uns minutos quando ele já terá ido embora.

10) Psicanalise – Diga que esse acontecimento deve ter reavivado memórias da infância. Diga que ele teve um trauma na infância; que deve ter sofrido abuso ou bullying (muito em moda agora). Cite frases de Freud (decore algumas). Diga que essa indecisão é sinal de … (invente termos). Dê um cartão de um analista a ele. Diga que é grave. Diga que tem que se tratar.

Maldade

Não tenha dó, seja vingativo e maldoso. Amigos que aparecem a qualquer hora sem a menor consideração com os nossos problemas ou horários não merecem misericórida de nossa parte. Eles “alugam” nossos ouvidos e nossa mente, nos fazerm pensar nos problemas deles e depois só voltam se tudo der errado. Confundem “AMIGO” com “BABÁ”. Ou então comece a ter só amigos adultos, deixe os inseguros, imaturos, que precisam de atenção o tempo todo e acham que o mundo gira em redor deles e de seus míseros problemas para quem tem saco para isso, ou não tem nada melhor para fazer.

branco

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