13 de abr. de 2008

Porta afora

Me entra lá um infeliz que vai descer do ônibus lá onde o Judas perdeu a meia e pára que nem um poste bem na porta de saída do ônibus, bem na minha frente. Eu fico perfurando a nuca do desgraçado (que tem cara de mané) com o meu olhar cáustico 43, mas nada, a anta nem se toca.

O que leva um ser (que se imagina humano) a parar bem na porta se não vai descer nem aqui nem em 30 minutos? O que será que faz essa besta pensar que vamos passar por cima ou através dele para desembarcar do veículo que pretensamente deveria servir para que chegássemos com mais rapidez e conforto ao nosso destino?

E assim espero os 2 ou 3 minutos que me separam do meu ponto final nesse meio de transporte imaginando que o zé mané vai se tocar e dar licença aos que pretendem como eu apear nesse ponto, mas qual! O cara parece uma múmia, fica ali nos degraus como se fosse o dono do pedaço, indiferente à pequena fila que vai se formando em frente à saída. E fica com aquela cara de paisagem, tipo não estou nem aqui, e assim o veículo segue seu caminho até que para.

O energúmeno colossal não sai da frente nem quando as portas se abrem para nos dar passagem e quando é finalmente empurrado pelos outros passageiros, tão ou mais mal-educados que ele, dá uma chegadinha para o canto.

Ah, mas que ódio! Dá vontade de meter o pé na bunda dele e jogá-lo na calçada, pasmalho retardado! Se tem banco sobrando no ônibus por quê, em nome de Deus, não assenta a bunda num deles e sai de nosso caminho? Será que quer que o vejamos, que o notemos? Está bem, todos já o notamos e também já sabemos que você é um idiota empatador da vida alheia, empacador de passageiros ocupados que pretendem descer desse ônibus aqui, ô cretino! Agora dá licença que queremos passar e ficar o mais longe possível de você?

(zailda mendes)

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