19 de jan. de 2008

Uma coisa que eu detesto



Se tem uma coisa que eu detesto é gente fofoqueira. Nossa, eu fico louca da vida quando a pessoa me chama pro canto e diz:


- Você não sabe da maior...


E aí lá vem lavação de roupa suja (dos outros) em praça pública. É um tal de Sicrano, que tinha um caso com Beltrana. Aquela cujo marido fugiu com a filha do Fulano, que foi pego em flagrante com outro homem no dia do enterro da dona Sicrana, que estava com AIDS, coitada. Pegou do marido que catava todas, mas não tinha grana pra pagar o caminhão, o banco tomou...


Nossa, fica mais confuso que novela global! Eu me sinto uma ET, vivendo em Marte quando alguém me vem com um papo assim. Impossível não perder o fio da meada, macacos me mordam se dali a 5 minutos eu me lembrar de pelo menos 1 por cento dessa embrulhada toda que é a vida dos outros.


Olha, mal e mal eu administro a minha, e olha que tem hora que dá vontade de pedir um help pros anjos e santos. Entender, tem hora que não entendo nem a mim mesma, então como é que vou julgar e condenar pessoas que eu nem conheço direito?


Como é que alguém tem a coragem de espalhar notícias de origem duvidosa, que podem prejudicar pessoas que às vezes estão tão por fora do assunto quanto eu? E põe "por fora" nisso!


Nunca me esqueço da sábia historinha que serve bem pra ilustrar o mal que os fofoqueiros podem causar, na maioria das vezes irreversível. Conta-se que a mulher inventara uma história e saíra espalhando. Questionada pelo sábio ela arrependeu-se e perguntou o que poderia fazer para remediar o mal que fizera.


O sábio convidou-a a subir com ele a mais alta das montanhas da região, e chegando ao pico deu-lhe um monte de papel picado e pediu-lhe que o jogasse ao vento. Rapidamente os pedacinhos de papel se espalharam por todo o vale.


- Agora desça e pegue um por um.


- Mas isso é impossível! - queixou-se a mulher.


- Pois então - explicou o sábio - assim é a fofoca. Uma vez espalhada uma notícia é tão difícil desmentí-la e assim reparar o mal feito quanto recolher esses pedaços de papel.


Conta-se que a partir daí a mulher nunca mais espalhou suas fofocas. Infelizmente acho que esse sábio já morreu faz tempo, porque conheço muita gente que está precisando urgentemente de uma consultinha com ele!


(por Zailda Mendes)

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