11 de mar. de 2008

Doa a quem doer

Já se definiu o blog como "um diário virtual", e em parte eu concordo com essa definição. Digo em parte porque muitos usam blogs por motivos profissionais e eu própria tenho alguns com essa definição. No entanto os blogs que eu tenho aqui no multi são apenas pra expressar idéias, contar fatos.

Escrevo crônicas desde os 13 anos, é algo que gosto de fazer e que não gostaria de parar. O que leva alguém a escrever? Sinceramente não sei. Essa necessidade do ser humano vem desde a época em que ainda habitava cavernas quando pôs-se a rabiscar em suas paredes criando assim a primeira forma de comunicação escrita.

Se o que leva alguém a escrever é divertir seus leitores, expor sua vida publicamente, exibir-se, isso eu não sei. A única coisa que sei é que sinto vontade de comunicar-me. Se essa forma de comunicação escolhida por mim (e por outros tantos milhões de internautas na face da terra) ofende, humilha, ou simplesmente irrita certas pessoas, creio que isso faz parte.

Não estou aqui pra agradar a ninguém, apenas para satisfazer essa minha necessidade de exercitar esse dom que Deus me deu, e se não o uso de forma que pareça a todos adequada, sugiro que simplesmente não leiam.

Se relato aqui minhas experiências pessoais, isso é um problema só meu, uma vez que não citei nomes sem autorização das pessoas em questão. Aliás também não me importo que contem histórias citando meu nome, o que é a verdade não faço questão nenhuma de esconder.

A escola onde trabalho não tem nada a ver com o que escrevo, sou uma livre pensadora, creio que os critérios que usaram para me contratar têm mais a ver com minha capacidade como professora e não com os dotes de escritora. O que escrevo é pessoal e não profissional.

Tenho, sim, minha própria escala de valores. Talvez não coincida com a de outras pessoas e é muito bom que assim seja. Eu não julgo os atos alheios, não me coloco na posição de juiz, um tanto desconfortável para minha pequenez; como escritora, limito-me a contar fatos e fazer algumas considerações sobre eles.

Se por acaso alguém sentir-se mal por se achar aqui retratado em algum de meus contos peço desculpas, e como a idéia não é chatear ninguém até concordo em contar a história de outra maneira para dessa forma preservar suscetibilidades alheias.

Entretanto não me cabe aqui justificar motivos para escrever o que escrevo. Escrevo o que me vem à mente, como sempre fiz. E espero continuar fazendo. Talvez me julguem exibicionista, palhaça, sem escrúpulos por expor minhas histórias. É um direito que cada um tem de julgar o que quiser. Eu prefiro julgar-me simplesmente alguém que recebeu um dom e que quer exercitá-lo. Nem tenho mesmo a pretensão de um dia escrever um livro. Quero simplesmente escrever.

Ler ou não ler fica a cargo de vocês. Comentar fica a critério, diretamente no blog ou em mensagem pessoal, como preferem alguns. Os que me entendem e se sentem de certa forma como eu me sinto sabem exatamente do que estou falando. Para aqueles que por motivos pessoais seus que desconheço e que não cabe a mim descobrir ou discutir se sentem incomodados com minha forma de escrever, a internet tem milhôes de outras páginas que certamente estarão mais a seu gosto. Sugiro que as procurem e me deixem escrever em paz.

(por Zailda Mendes)

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