Todo relacionamento humano depende do bom entendimento entre as partes. Isso pode ser conseguido de diversas formas, sendo o diálogo a mais óbvia e exaltada por psicólogos, terapeutas e entendidos da matéria.
Por mais simples que possa parecer, diálogo no entanto é algo difícil de se conseguir. O ser humano foi sugestivamente equipado de uma boca e dois ouvidos, e digo "sugestivamente" porque alguém já disse que devido à essa circunstância deveríamos ouvir duas vezes mais que falar, mas qual!
A prática nos mostra que usamos nossos dois ouvidos de forma bem particular e estou certa que de maneira insuspeitada pelo Criador quando assim nos apetrechou: tudo o que nos entra pelo ouvido rapidamente nos sai pelo outro.
O que se percebe quando as pessoas estão conversando (e notem que conversa jamais foi, é ou será sinônimo de diálogo) cada um fala de si mesmo.
- Nossa, mas levei uma pancada na perna que está doendo até agora!
- Pancada foi a que EU levei semana passada nas costas, até hoje tenho que tomar analgésico.
- Que nada, pancada foi a que eu levei na cabeça naquele acidente ano passado, passei 3 dias desacordado...
E assim cada um supervaloriza sua própria dor, sua própria experiência, seu próprio umbigo. O outro que se dane... O assunto mais fascinante desse mundo somos nós mesmos e ai de quem se atrever a falar de outra coisa... Não adianta espernear, berrar, nem dar tiro (eu nunca tentei, mas se resolver tente, me diga depois...).
O diálogo, essa coisa tão inatingível, essa arte tão esquecida, implica em que olhemos e ouçamos o outro, que nos preocupemos com ele e que saibamos nos colocar em seu lugar.
Enquanto isso não acontece prosseguimos nesse monólogo de surdos encarando divórcios, afastando-nos de nossos filhos, perdendo os amigos, e em escala maior provocando guerras e explodindo carros-bomba. Prosseguimos com nosso hábito de muitas palavras para pouco significado, onde falamos de tudo o que nos diz respeito e deletamos tudo o que não nos interessa. E o que não nos interessa?
Não nos interessa nada para além de nosso mundinho restrito e pequeno, e se o outro insiste em falar de assuntos alheios à nossa própria pessoa não adianta: vai literalmente falar com as paredes.
por Zailda Mendes
Por mais simples que possa parecer, diálogo no entanto é algo difícil de se conseguir. O ser humano foi sugestivamente equipado de uma boca e dois ouvidos, e digo "sugestivamente" porque alguém já disse que devido à essa circunstância deveríamos ouvir duas vezes mais que falar, mas qual!
A prática nos mostra que usamos nossos dois ouvidos de forma bem particular e estou certa que de maneira insuspeitada pelo Criador quando assim nos apetrechou: tudo o que nos entra pelo ouvido rapidamente nos sai pelo outro.
O que se percebe quando as pessoas estão conversando (e notem que conversa jamais foi, é ou será sinônimo de diálogo) cada um fala de si mesmo.
- Nossa, mas levei uma pancada na perna que está doendo até agora!
- Pancada foi a que EU levei semana passada nas costas, até hoje tenho que tomar analgésico.
- Que nada, pancada foi a que eu levei na cabeça naquele acidente ano passado, passei 3 dias desacordado...
E assim cada um supervaloriza sua própria dor, sua própria experiência, seu próprio umbigo. O outro que se dane... O assunto mais fascinante desse mundo somos nós mesmos e ai de quem se atrever a falar de outra coisa... Não adianta espernear, berrar, nem dar tiro (eu nunca tentei, mas se resolver tente, me diga depois...).
O diálogo, essa coisa tão inatingível, essa arte tão esquecida, implica em que olhemos e ouçamos o outro, que nos preocupemos com ele e que saibamos nos colocar em seu lugar.
Enquanto isso não acontece prosseguimos nesse monólogo de surdos encarando divórcios, afastando-nos de nossos filhos, perdendo os amigos, e em escala maior provocando guerras e explodindo carros-bomba. Prosseguimos com nosso hábito de muitas palavras para pouco significado, onde falamos de tudo o que nos diz respeito e deletamos tudo o que não nos interessa. E o que não nos interessa?
Não nos interessa nada para além de nosso mundinho restrito e pequeno, e se o outro insiste em falar de assuntos alheios à nossa própria pessoa não adianta: vai literalmente falar com as paredes.
por Zailda Mendes
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